sexta-feira, fevereiro 10, 2017

Ministério Público arquiva investigação da morte do juiz Silica

O Ministério Público decidiu arquivar a investigação do caso de assassinato do juiz Dinis Silica. A Procuradoria da Cidade de Maputo diz que expiraram os prazos de instrução preparatória e não foram encontrados elementos de prova que levassem à continuação do processo. Em comunicado enviado, ontem, à nossa Redacção, a Procuradoria da Cidade de Maputo revela que, desde a data do assassinato do juiz de instrução criminal, a oito de Maio de 2014, foi instaurado um processo-crime, tendo sido designada uma equipa da Polícia de Investigação Criminal (PIC), para investigar o caso, sob supervisão de um magistrado do Ministério Público.
Entretanto, do trabalho feito para se apurar as circunstâncias em que aconteceu a morte de Silica, a Procuradoria da Cidade de Maputo diz que não conseguiu apurar os agentes do crime. “Das diligências levadas a cabo no decurso da instrução preparatória, com destaque para a recolha e análise de informação operativa, requisição e junção dos exames tanatológico e balístico (...), análise de imagens recolhidas em câmaras de vigilância colocadas em edifícios que se encontram no trajecto que se supõe que a vítima tenha seguido até ao local do crime, inquirição de declarantes e testemunhas, não se apurou quem foram os agentes do crime”, diz o comunicado da Procuradoria da capital.
O documento acrescenta que foi solicitado o apoio de entidades internacionais na investigação do crime, sem, no entanto, se chegar aos resultados desejados.
Morte do juiz Dinis Silica
O Juiz de instrução criminal foi crivado de balas a oito de Maio de 2014, quando seguia na sua viatura, no semáforo que fica no cruzamento entre as avenidas Karl Marx e Marien Ngouabi, na cidade de Maputo. Após o assassinato, os protagonistas puseram-se em fuga e ainda não se conhece o seu paradeiro. Dinis Silica era um juiz de instrução criminal no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo e dados avançados na altura da sua morte indicam que trabalhava com o dossier dos raptos.
Fonte: O País – 10.02.2017

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